Podemos classificar de clichê, otimismo, meta, ou até
superstição, mas todos os anos ouvi-se e fala-se as mesmas frases os mesmos
desejos. Que chegamos a ter a impressão de que basta a virada de ano para
termos uma vida nova e cheio de realizações, não que isso seja negativo, mas
principalmente no Brasil, apenas um ano novo não vai nos trazer mudanças,
infelizmente, aqui precisamos muito mais que otimismo para dizer que este país
vai entrar no rumo.
Falando em rumo, o país esta meio que dividido, entre os que
acham que ele está no rumo certo e os que não, na verdade, estamos num momento
atípico, pois o país nunca esteve tão polarizado. Portanto, nada nunca nos deu
tanta incerteza de que o ano novo traga vida nova. Mas é lógico que não fugimos
da tradição e continuamos torcendo e desejando a todos um ano novo cheio de
realizações, com muita saúde amor e dinheiro no bolso. Quando olhamos para o
ano que passou e o desempenho do governo vê-se que; a reforma trabalhista
trouxe mais prejuízo do que benefícios ao trabalhador como “Fim da assistência
gratuita na rescisão do contrato de trabalho, autorização da dispensa coletiva
sem intervenção sindical, restrição de acesso à Justiça gratuita, permissão
para negociação coletiva de condições menos benéficas ao trabalhador do que as
previstas em lei, horas extras sem pagamento em home Office”. Dentre outras que
o trabalhador irá sentir na pele nos próximos anos. Ainda tivemos a reforma da
previdência que presenteou o trabalhador em fim de careira com pérolas desse quilate
“Instituiu a obrigatoriedade da idade mínima para a aposentadoria de 65 anos
(homens) e 62 anos (mulheres), tanto do setor público como do setor privado. A
proposta também contém um dispositivo que aumenta, a partir de 2024, a idade
mínima a cada quatro anos, de acordo com a expectativa de vida da população
medida pela IBGE. A PEC acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição.
Para o trabalhador se aposentar, precisa obrigatoriamente atingir a idade
mínima. Nesse caso, o tempo de contribuição passará de 15 para 20 anos. Se o
trabalhador quiser receber o benefício integral, além da idade mínima, terá de
contribuir durante pelo menos 40 anos. A PEC da reforma diminui para 50% o
valor da pensão por morte dos cônjuges e órfãos. No caso dos viúvos e viúvas, a
proposta prevê 10% a mais por cada dependente. Quando um deles perder essa
condição ou falecer, a sua cota não será repassada aos demais dependentes”.
Mas não podemos perder a fé num mundo melhor, precisamos de
alguma forma acreditar que 2020 estará de acordo com os nossos anseios, em
detrimento de quem esteja governando este país. Partindo desse principio vamos
continuar desejando aos amigos como todos os anos que o ano novo traga de
verdade uma vida nova.
Por: Jota Santos