Entre os artistas em destaque de Pernambuco estão:
Mestre Vitalino, Manuel Eudócio, Manoel Galdino de Freitas, Manoel Fontoura,
José Bezerra, Antônio Paschoal Regis, Luís Antônio da Silva, Antônio Rodrigues
da Silva, Otaviano Sapateiro, Manoel Borges da Silva, Ana Leopoldina Santos,
Crisaldo d’Assunção Morais, Lourenço, José Abias da Silva, Luiz Carlos da
Silva, José Francisco da Cunha Silva (Mestre Cunha), Joel do Boi e Zé Caboclo.
Considerada pelos curadores uma das exposições
mais significativas, completas e representativas sobre o tema, a mostra reúne
cerca de 200 conjuntos artísticos, totalizando mais de 400 itens. Eles refletem
a inventividade, a força simbólica, as tradições e as origens da arte popular
brasileira, evidenciando a relevância de uma expressão moldada em estado puro
pelas mãos dos brasileiros.
Em mais de 600m² de área expositiva, são
contemplados artistas e trabalhos desde os primórdios da criação em território
nacional, até a contemporaneidade. A exposição
ocupa as galerias dos andares 20 e 19 e conta
também com interatividade a partir de uma mesa percussiva digital e
instrumentos musicais artesanais e orgânicos.
A arte popular brasileira é singular e pode ser
considerada a mais diversa do mundo. No Brasil, cada artista propõe sua
originalidade própria, por meio do território em que habita e dos materiais que
utiliza (barro, argila, madeira, ferro, folha de flandres, penachos).
A partir desta origem, há a criação de um universo
que traduz a herança histórica recebida de seus antepassados, das lendas que
cada qual escutou, da música e ritmos que ouviu. A arte popular brasileira faz
com o que o público se reconheça nela e, ao mesmo tempo, conheça um Brasil
ainda não tão desbravado em diversas medidas.
De acordo com a proposta curatorial e ampla
pesquisa realizada em território nacional, junto a colecionadores de todo o
Brasil, essa exposição faz brotar, diante dos olhos, um país profundo, que é
capaz de entrelaçar as suas origens étnicas com toda uma magia. E é justamente
no mesmo momento em que todos os olhos do mercado de arte se voltam,
finalmente, à importância da arte popular, que o Farol Santander São Paulo
promove uma das mais amplas exposições sobre o tema
“Essa é uma exposição espetáculo, possivelmente, a
maior sobre arte popular brasileira já realizada. Nossa arte popular é nossa
história. Há uma África inteira dentro de cada um de nós. Há uma inteira
América também. Mostrar a força destes territórios e destas origens não apenas
por palavras, mas por objetos criados pela mão inventora de coisas, é o
propósito da exposição”, analisa o curador Leonel Kaz.
No Farol Santander São Paulo dois andares são
ocupados de acordo com um recorte curatorial que envolve a criação popular de 21
estados brasileiros. Esses trabalhos fazem parte de um projeto cenográfico, com
iluminação e projeções de imagens de grande impacto, acrescida pela interação
de ritmos e percussões produzidas pelos próprios visitantes de forma
interativa.
Alguns mestres são homenageados com salas
próprias, como Nino (CE), Zé do Chalé (SE) e Mestre Cunha (PE). Destaque também
para trabalhos de Mestre Vitalino (PE), Ana das Carrancas (PE), Conceição dos
Bugres (MS), Nhô Caboclo (PE), Oziel (PB) e Jacinta Francisca Xavier (MG),
entre outros.
“É uma grande satisfação para o Farol Santander
São Paulo receber a exposição Brasil: Arte Popular, que exibe, pelo olhar da
curadoria, a mais importante seleção de obras já vistas numa exposição do
gênero. São trabalhos de conteúdo histórico, desde os pioneiros no artesanato
popular até os dias de hoje.”, comenta Maitê Leite, vice-presidente
Institucional do Santander Brasil.
A expografia foi pensada como instalações de arte,
nas quais as obras transcendem a elas mesmas, pois passam a ser protagonistas,
desenhando o espaço. O percurso livre, sem divisões, permite ao público
adentrar, de fato, no universo imagético das obras. Estão expostas esculturas
em madeira e barro, além de cerâmicas, pinturas sobre tela e
madeira, máscaras e figura zoomorfas, vestimentas
e instrumentos musicais artesanais e objetos lúdicos e surrealistas.
A iluminação é feita de modo a teatralizar os
ambientes, valorizando cada objeto ou conjuntos agrupados. Em ambos os andares,
projeções em vídeo de frases ditas pelos artistas participantes, além de
imagens diversas, criam um verdadeiro aspecto de integração.
“Essa exposição retrata a potência cultural e
inventiva do brasileiro. Queremos que o visitante perceba e sinta que este
Brasil que estará exposto é o mesmo Brasil que nos habita por dentro, nossa
formação, o que anima e envolve nosso olhar e nossos sentidos.”, reflete o
curador Jair de Souza.
Grandes
Homenagens
A galeria do 19º andar ainda revela ambientes
específicos em reverência a três personagens essenciais e representativos da
arte popular brasileira:
NINO (CE): Como um objeto de madeira pode se
transformar em pura poesia? Nino consegue esta proeza. Lélia Coelho Frota,
autora do Pequeno Dicionário da Arte do Povo Brasileiro (2005), teve um olhar
certeiro sobre o significado de Nino: pássaros, elefantes, bois, macacos, cenas
de rituais como casamentos e reisados são esculpidos em alto-relevo ou
recortados na parte superior do bloco original, que recebe uma pintura em que
certas cores - rosas, azuis, vermelhos, verdes, amarelos -, temperadas e
regidas por Nino, constituem-se em uma extraordinária galeria de estrelas do
sertão.
ZÉ DO CHALÉ (SE): Descendente dos índios Xocó,
sempre trabalhou na construção de chalés com cobertura de palha (os mocambos).
A coleção de peças de Zé do Chalé impressiona pela forma como ele elabora, numa
única peça, uma verdadeira catedral barroca de arabescos, pássaros, colunas, criando
um mundo próprio. Ele tinha 90 anos de idade quando começou essa produção.
MESTRE CUNHA (PE): A exposição finaliza com os
notáveis objetos escultóricos de Mestre Cunha, artista lúdico e surreal,
criador de veículos aéreos, misturando pássaros-gente e aviões, carrinhos
estranhos e futuristas, coloridos, com nomes inacreditáveis. A todos estes
objetos, se somará uma projeção de pássaros, lúdica e interativa.
A exposição Brasil: Arte Popular é apresentada
pelo Ministério da Cultura, via Lei Rouanet, tem patrocínio do Santander Brasil
e Zurich Santander e produção executiva da Aprazível Edições e Arte. A
curadoria é de Leonel Kaz e Jair de Souza, produção de Luiza Mello e Erilma
Leal, com projeto luminotécnico de Samuel Betts.
Serviço
exposição Brasil: Arte Popular
Endereço: Rua João Brícola, 24 – Centro (estação
São Bento – linha 1, azul do metrô) Quando: de 22/08/2025 a 23/11/2025
Funcionamento: terça-feira a domingo
Horários: 09h às 20h
Ingressos: R$ 45,00 (R$ 22,50, meia-entrada)
Compra online: Site do Farol Santander São Paulo -
e também na bilheteria local
Cliente Santander: 10% de desconto comprando com o
cartão Santander (em até 8 ingressos).
Cliente Santander Select: 10% de desconto
comprando com o cartão Santander Select (em até 8 ingressos), e prioridade na
fila de entrada para o Farol. Site Farol Santander: farolsantander.com.br
Classificação: livre
Foto: Divulgação