quinta-feira, 5 de setembro de 2019

EM SILÊNCIO É UM POETA

    foto: internet

Em entrevista, a alta comissária da ONU e ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet declarou que “nos últimos meses, houve uma "redução do espaço democrático" no Brasil. Ela também criticou a alta nas mortes causadas por policiais no país e a violência contra defensores dos direitos humanos”. Muito provavelmente ela se baseou em números e estatísticas que já estamos acostumados a ler nos principais jornais e sites de noticias brasileiros.
“Em São Paulo, a polícia matou 426 pessoas no 1º semestre, segundo a Secretaria de Segurança, o que significa uma alta de 3% em relação ao mesmo período do ano passado. No Rio de Janeiro, foram 881 mortes, uma alta de 15%, também segundo o governo estadual. Foram, portanto, 1.307 mortes por policiais nos dois estados. Na entrevista, Bachelet citou um número um pouco menor, 1.291”.(G1)
Como já estávamos esperando, vamos comentar mais uma perola do planalto. O presidente como sempre não satisfeito e avesso a críticas, não podia deixar de responder e mandou essa, “Ela agora vai na agenda de direitos humanos. Está acusando que eu não estou punindo policiais que estão matando muita gente no Brasil. Essa é a acusação dela. Ela está defendendo direitos humanos de vagabundos” e disse mais, citou o pai da ex-presidente do Chile. “Ele disse que se o general Augusto Pinochet (ditador chileno nas décadas de 70 e 80) não houvesse derrotado esquerdistas, entre eles o pai de Bachelet, o Chile hoje seria (uma Cuba)”. Referindo-se ao Alberto Bachelet um general da Força Aérea do Chile, opositor do golpe militar liderado por Pinochet em setembro de 1973. Segundo um relatório do Serviço Médico Legal do país, ele morreu vítima dos maus-tratos sofridos após ser preso e acusado pela ditadura de traição à pátria.
Em um país acostumado a nomes como, Ariano Suassuna, Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes e tantos outros. Hoje ter que conviver com as fabulas de Jair Bolsonaro é um grande desafio. O país esta na rota dos encrenqueiros, quem quiser picuinha dirija-se ao Brasil. Resta saber a que isso irá nos levar, a onde iremos chegar ou mesmo o que iremos ganhar com essas discussões de mesa de bar? Tradicionalmente o ano só começa depois do carnaval, falta agora saber quando o país vai começar finalmente a ser governado, pois estamos vivendo uma eterna eleição, quando fecharão as urnas e vão começar a trabalhar de fato?
Se o planalto não souber declamar o poema da voz firme que vai resolver os anseios da população, então faça-nos ouvir o silencio das inutilidades e futilidades.

Por: Jota Santos

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