Nesta quinta-feira (30), representantes da
Secretaria de Desenvolvimento Social, Políticas Sobre Drogas e Direitos
Humanos, participaram do Seminário de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas,
realizado no Auditório 2 do Cais do Sertão, em Recife. O evento integrou as
atividades do Dia Mundial e Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas,
instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), e teve como objetivo
chamar a atenção para uma das mais graves violações de direitos humanos da
atualidade.
O seminário reforçou o compromisso do Governo do
Estado e dos municípios em combater o tráfico de pessoas por meio de ações
educativas, capacitações e articulação interinstitucional. Também foi
enfatizada a importância da denúncia, que pode ser feita de forma anônima pelos
canais Disque 100 ou Ligue 180. A Campanha Coração Azul foi um dos destaques da
programação, trazendo o lema:
“Liberdade não se compra. Dignidade não se vende”.
A programação contou com painéis temáticos,
atividades culturais e a promoção da Campanha Coração Azul, da Organização das
Nações Unidas, que simboliza a solidariedade global com as vítimas e o
compromisso na luta contra esse crime. O evento foi promovido pelo Comitê
Interinstitucional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (CIETP/PE) e pelo
Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e
Prevenção à Violência.
A delegação de Paulista foi formada pelo
superintendente de Direitos Humanos, Kléber Pyrrho; a diretora da Pessoa com
Deficiência, Maria Eduarda Calado; e as assessoras da Superintendência, Maria
Lúcia Rego e Rayssely Layane.
Durante o evento, Kléber Pyrrho, enfatizou a
urgência de políticas públicas mais eficazes. “É preciso enfrentar a raiz do
problema, combatendo a vulnerabilidade social que alimenta essas redes
criminosas. A articulação entre governos, sociedade civil e organismos
internacionais é essencial para mudar essa realidade”, destacou.
Já a secretaria Executiva de Direitos Humanos do
estado, Gláucia Andrade, destacou a importância de ampliar a mobilização
social. “O tráfico de pessoas é um crime silencioso, que muitas vezes acontece
à margem da sociedade. Nosso papel é fortalecer a rede de proteção e garantir
que nenhuma vida seja tratada como mercadoria. Precisamos denunciar, acolher e
conscientizar”, declarou.
Segundo dados apresentados no encontro, o tráfico
de pessoas envolve diferentes formas de exploração, como trabalho forçado,
exploração sexual, adoção ilegal, casamentos forçados e tráfico de órgãos. No
Brasil, o problema afeta especialmente mulheres, crianças, migrantes, pessoas
em situação de vulnerabilidade social e a população LGBTQIAPN+.
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