Segundo Arley Junior, estrategista de
investimentos do Santander, a renda fixa segue à frente como destaque nas
indicações, mas, dentro da classe, há, sim, oportunidades para diversificação
do portfólio, buscando retornos acima do CDI.
“A categoria de investimentos que chama atenção,
por se conectar com essa condição de fim de ciclo, são os investimentos com
taxas prefixadas. Os ativos estão com o preço um pouco mais baixo do que o do
início do ano, mas seguem com bastante atratividade, considerando que são
investimentos que ficarão vigentes por cinco ou seis anos, além de ter opções
isentas de IR”, analisa o estrategista.
A Selic deve permanecer no novo patamar até o
final do ano, mas a perspectiva para 2026 é de um início de ciclo de corte de
juros já no começo do ano, o que deve favorecer os ativos de renda fixa
prefixada, gerando ganhos na marcação a mercado.
O estrategista do Santander avalia que é
importante olhar também para as demais classes, considerando a estratégia de
obter uma cesta de investimentos equilibrada no contexto de diversificação.
“Os multimercados estão em um ciclo de recuperação
desde o segundo semestre de 2024 e com uma boa seleção de Fundos é possível
potencializar o retorno da carteira, através de uma combinação de estratégias.
Além disso, há o potencial de valorização da bolsa no curto prazo,
principalmente por conta do fluxo de estrangeiros que se viu nos últimos meses,
mas que pode também ser beneficiada no tempo com o fim do ciclo de alta dos
juros. Para ações, é também imprescindível uma boa seleção de empresas.”
No exterior, as bolsas vêm apresentando
volatilidade neste começo de ano e ainda podem oscilar no curto prazo, mas,
para prazos mais longos oferecem oportunidades. Portanto, é, claramente, uma
alternativa positiva ter um percentual da carteira em investimentos globais,
como fundos de investimentos, BDRs etc.
O estrategista do Santander conclui que o modelo
de alocação, nesse momento, é neutro. “Esse posicionamento ocorre por conta da
volatilidade que a gente deve continuar observando no curto prazo, mas leva em
consideração as oportunidades nos níveis de preços que temos observado em todas
as classes”, diz.
Foto: Divulgação
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