Para levar serviços públicos essenciais para
comunidades tradicionais e espaços de matriz africana, a Prefeitura do
Paulista, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, Políticas sobre
Drogas e Direitos Humanos, promove na próxima quinta-feira (28), mais uma
edição do projeto “Àṣẹ Porã: Cidadania
& Saúde nos Terreiros”. A ação itinerante será realizada no Centro
Espiritualista A Caminho de Aruanda (CEACA), localizado na 4ª Travessa São
Francisco, nº 72, Jardim Maranguape, das 8h às 13h.
A iniciativa, que integra o calendário permanente
de Direitos Humanos do município, é desenvolvida em parceria com a Secretaria
de Saúde e o Conselho Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e
Combate ao Racismo (CMPPIR). Entre os serviços oferecidos estão emissão de
documentos (RG e certidões), cadastro no CadÚnico, solicitação do VEM Livre
Acesso, emissão da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do
Espectro Autista (CIPTEA), vacinação para pessoas e animais, aferição de
pressão, testagens rápidas, mamografia e citologia.
De acordo com a secretária Amanda Rodrigues, a
proposta é aproximar a gestão pública das comunidades e eliminar barreiras no
acesso aos serviços. “Queremos que os serviços cheguem onde as pessoas estão.
Muitas vezes, por falta de tempo ou por dificuldades de acesso, os cidadãos
deixam de atualizar documentos ou cuidar da saúde. Nosso objetivo é facilitar
esse acesso e reconhecer os terreiros como espaços de cuidado e cidadania”,
afirmou.
O superintendente de Direitos Humanos, Kléber
Pyrrho, reforça que a ação está alinhada com princípios constitucionais e com
as diretrizes nacionais de direitos humanos. “Nosso trabalho é garantir que
todos tenham acesso aos direitos fundamentais, com respeito às características
e especificidades de cada pessoa. Equidade e inclusão são pautas que precisam
ser incorporadas por toda a sociedade”, destacou.
Para o diretor de Igualdade Racial, André Luís, a
ação tem um papel estratégico na valorização das comunidades tradicionais.
“Além de oferecer serviços essenciais, o ‘Àṣẹ
Porã’ reconhece os terreiros como territórios de saber e acolhimento. É uma
forma de enfrentar preconceitos e garantir que as políticas públicas cheguem a
todos, sem discriminação”, afirmou.
A ação é mensal e vem se consolidando como uma
política de aproximação e inclusão. O nome “Àṣẹ
Porã” combina termos de duas matrizes culturais: “Àṣẹ”,
de origem iorubá, que significa poder, força ou energia sagrada; e “porã”, do
tupi-guarani, que remete ao belo ou ao bom. A expressão pode ser compreendida
como “força bela” ou “energia positiva”, unindo simbolicamente as tradições
afro-brasileiras e indígenas
Foto: Divulgação
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