Indo direto ao ponto,
após poluírem os rios, desmatarem as terras Yanomami, destruindo centenas de
vidas, os garimpeiros estão fugindo. Precisamos observar esse cenário sobre
dois aspectos: primeiro, as invasões predatórias, foram deliberadas com um
propósito muito claro, de extermínio do que, aos olhos de quem permitiu e
incentivou, atrapalhava o progresso de uma casta pequena de empresários que
seriam beneficiados com a não existência das tribos indígenas. Segundo, os
invasores foram usados como massa de manobra, muitos são trabalhadores que
busca recursos para sobrevivência das suas famílias, não podemos jogar todos na
mesma vala, mas, nós seres humanos ainda estamos no processo de evolução muito
lenta, às vezes certas facilidades levam pessoas a ariscarem as suas vidas e a
de outros, em busca do seu bem-estar.
Independente de
qualquer situação, é urgente que todos os garimpeiros sejam retirados das
terras Yanomami. Mas ainda, que os patrocinadores e incentivadores pelas
invasões, sejam responsabilizados e presos. É preciso se criar uma política de
proteção ambiental, com regras duras de punição a quem desrespeitar a existência
dos indígenas, dos quatro cantos da Amazônia. Não podemos descartar, também,
que existe o garimpo legal, não predatório. Portanto, não podemos marginalizar
toda a categoria. Porem, é necessário regras muito bem definidas, de respeito a
toda a floresta e aos nativos.
O genocídio,
implementado e muito bem pensado, ao povo indígena, seja ele Yanomami ou
qualquer outro, não pode cair no esquecimento. É um dever de toda a sociedade
brasileira cobrar providências severas por parte das autoridades. Precisamos
parar de olhar para o indígena como se eles fossem um povo a parte, pois são
tão brasileiros quanto nós, na verdade, são os verdadeiros proprietários dessas
terras, que foram roubadas pelos invasores portugueses. Nós, os considerados
“civilizados” somos os verdadeiros invasores das suas terras. Portanto, também,
é urgente uma mudança de pensamento por parte de cada brasileiro.
Foto: Imagem de
divulgação
Repórter: Jota Santos
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