terça-feira, 3 de janeiro de 2023

A HORA DA DESPEDIDA

Indo direto ao ponto, depois do reencontro e confirmação, de que a democracia é o melhor sistema para se viver em sociedade, comprovado com a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, onde milhares de brasileiros se confraternizaram democraticamente, sem hostilidades e nem ódio. Infelizmente, hoje viveremos um dia de muita tristeza, com o sepultamento do Rei Pelé. Depois das 24h do velório, onde milhares de pessoas prestaram a sua última homenagem, ao maior jogador de todos os tempos, na Vila Belmiro, em Santos, palco onde ele encantou o mundo com a sua genialidade. Como trouxemos em outra matéria, o futebol e o Pelé são a mesma coisa, pois um não existe sem o outro. Hoje, 3 de janeiro de 2023, iremos chorar pelo passamento de Edson Arantes do Nascimento, um ser humano igual a todos nós, com virtudes e defeitos inerentes a todo mortal. O Pelé, é outra história, ele continuará vivo para sempre, em cada drible, cada gol de placa e jogadas fenomenais que continuará acontecendo nos gramados de estádios espelhados por todo o planeta. Como acontece em todos os momentos traumáticos da nossa existência, eles chamam-nos atenção, pois acende um farol amarelo para que, pensemos um pouco sobre se estamos certos ou errados, diante de alguns conceitos. Acordei pesando sobre isso, comecei a refletir a princípio como anda o nosso futebol e lógico, pensei sobre os verdadeiros motivos das nossas desclassificações nas últimas copas do mundo.

E pensei em quatro desclassificações que me marcaram muito: comecei pela copa de 1982, que Seleção fantástica! Eu comparo aquele time ao de 1970, com um diferencial que não tinha o Rei Pelé. Mas que mesmo perdendo o mundial, temos no nosso imaginário, até hoje, como a verdadeira campeã, acredito que qualquer especialista quando fala daquele mundial, só vai se lembrar de Zico, Júnior, Falcão e companhia. Já em 1998, quando perdemos para a França de Zinedine Zidane, tínhamos um futebol pragmático e dependíamos de um jogador fora de série chamado: Ronaldo Fenômeno! Aí, quando nos lembramos dessa desclassificação, só nos vem na mente o apagão ou convulsão. Até hoje não se sabe muito bem, o que aconteceu com esse craque. Vem 2014... meu Deus! Impossível esquecer os sete gols que tomamos da Alemanha. A última não poderia ser diferente, 2022, um misto de futebol mecanizado com alguns lampejos de genialidades do Neymar, Rodrigo e do Vini Jr. 

 

Então, chego a uma conclusão: tá faltando Pelé no nosso futebol! Não a figura física, lógico se o tivéssemos séria mais-que-perfeito, mas falo do jeito moleque, descontraído, aparentemente irresponsável, o DNA do nosso futebol. Pelé foi, é, e sempre será a representação do que há de melhor nesse esporte. E quando digo que Pelé e futebol é a mesma coisa, afirmo que um não existe sem o outro. Não adianta querermos fazer diferente. O falecimento do Edson Arantes do Nascimento, em hipótese alguma, representará a morte de Pelé. O futebol brasileiro precisa ter a coragem de se assumir, enquanto Pelé.

Saindo dessas divagações e voltando a realidade. Acredito que, todos têm uma sensação parecida de que perdemos um membro da nossa família, mesmo que muitos de nós nunca o tenha visto jogar ao vivo, nem pela TV. O Pelé, não é só um patrimônio mundial, nós crescemos vendo e ouvindo ele e, sobre ele. Em todos os meios de comunicação e, isso sempre foi tão habitual, que hoje temos um sentimento de que estamos de certa forma, órfãos.

Foto: Imagem de divulgação

Reportagem: Jota Santos


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