terça-feira, 11 de abril de 2023

RACISMO ESTRUTURAL: O CÂNCER DA SOCIEDADE BRASILEIRA

Indo direto ao ponto, a semana ainda não chegou ao fim, mas já podemos eleger o grande destaque, o “racismo estrutural”, que insiste em permanecer na nossa sociedade, como um câncer que mina um corpo doente. Mais dois casos, que não nos espanta, pois, são tão corriqueiros, que já faz parte do nosso cotidiano. A que ponto a barbárie do preconceito consegue chegar? As imagens estão circulando pela internet, uma dona de casa, trabalhadora, mas que infelizmente aos olhos da nossa sociedade, corroída por essa cultura maldita do racismo, ela tem um grave defeito ou deficiência, é difícil mesmo entender a ótica distorcida do racista, mas imaginamos que essa “anomalia”, seja, esta mulher ser preta. E como preta, tem que ser perseguida num supermercado, mas quem sabe se estiver nua, não roube nada, não é seu segurança? O outro caso, uma mulher branca rememorando seus tempos áureos, onde chicoteava os seus escravos, tentou matar a saudade chicoteando um entregador com a cólera do seu cachorro. Além de uma reflexão nacional, pois o Brasil precisa ser urgentemente passado a limpo, com leis realmente severas, é preciso que os nossos presídios tenham, pelo menos, meia dúzia desses racistas como hóspede, cumprindo penas de verdade, para servir de exemplo aos milhares de racistas espalhados por esse pais. Acompanhemos os destaques dessa semana:

 

“Uma mulher tirou a roupa dentro de um supermercado em Curitiba, no Paraná, em ato de protesto após ser perseguida por um segurança do estabelecimento.

O caso aconteceu na sexta-feira (7). A vítima é a professora Isabel Oliveira, que foi ao supermercado Atacadão, no bairro Portão, comprar leite para a filha e foi seguida por um funcionário.

"Fui tratada como se fosse uma marginal, fiquei sendo seguida pelo segurança do supermercado por mais de meia hora. Isso não pode ser normal”.

O marido da professora também estava no local e gravou o momento em que Isabel aparece de calcinha e sutiã no supermercado, relatando ser sido vítima de racismo”. (FP)


“Entregadores agredidos por uma mulher no Rio de Janeiro registraram em imagens os flagrantes dos ataques que sofreram. A polícia registrou os casos como injúria.

A cena aconteceu na tarde de domingo (9) em São Conrado, bairro nobre da Zona Sul do Rio, vizinho à favela da Rocinha.

Sandra Mathias Correia de Sá saiu para passear com o cachorro e encontrou um grupo de entregadores.

“Quando ela chegou na nossa direção, ela olhou para mim, olhou para a gente, e cuspiu no chão e seguiu o caminho dela. Quando ela voltou , aí ela já foi e começou a arrumar problema com a outra menina”, conta o entregador Max Angelo dos Santos.

“Você não está na favela. Você está aqui. Quem paga o IPTU aqui sou eu, rapaz”, diz Sandra enquanto agredia fisicamente a entregadora.

“Ela me xingou de lixo, de favela, de um monte de coisa, nome feio. E chamando para briga e eu não queria brigar. Eu falei: eu não quero brigar. Eu vou correr sim porque eu não quero brigar”, conta uma entregadora.

Minutos depois ela parte pra cima do entregador Max Angelo. Tira a coleira do cachorro e avança sobre Max.

Max Ângelo é morador da Rocinha e trabalha na informalidade como entregar há um ano e meio, desde quando perdeu o emprego de carteira assinada. Depois de ser agredido, ele passou por exames no Instituto Médico Legal.

Os hematomas ainda estão nas costas dele. O caso foi registrado como injúria e a delegada vai examinar as imagens para verificar se há crime de injúria racial.

A reportagem do Jornal Nacional foi até o prédio onde ela mora que aparece no vídeo para ver o que ela tem a dizer. Sandra foi avisada, mas não quis atender. Disse que não vai dar entrevista”. (JN)

Fotos: Divulgação

Repórter: Jota Santos


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