Indo direto ao ponto,
a violência contra as mulheres em todas as idades na nossa sociedade é quase
cultural, ainda somos muitos machistas e nos achamos donos das mulheres como se
fossem propriedades, com a diferença que as nossas propriedades de fato,
cuidamos muito bem, se forem carros, casas ou terras temos o maior zelo e não
admitimos nada que vem causar algum dano, a esses pertences. Mas quando se
trata das mulheres, aí somos nós os primeiros a distratar, maltratar e deixar
em segundo plano, como se só servissem as nossas necessidades básicas,
momentâneas, portanto posso usar como um pano de chão, sempre em baixo dos meus
pés. Infelizmente esse cenário de desrespeito ainda é muito comum e levam
muitos lares a destruição e mulheres a morte. Não podemos banalizar e muito
menos negligenciar essa realidade, que é, o dia a dia de muitas mulheres. Essa Caminhada pelo fim da violência contra
mulheres e meninas, não deve ser apenas um ato para a participação das
mulheres, mas da sociedade como um todo, homens e mulheres conscientes, devem
ir para a rua hoje, denunciar essa barbárie que ainda corrói muitas famílias.
“A Avenida Boa Viagem
recebe neste domingo (4) a 5ª edição da Caminhada pelo fim da violência contra
mulheres e meninas. O objetivo da ação, realizada pelo Grupo Mulheres do
Brasil, é sensibilizar a sociedade para a importância do combate e eliminação
de todos os tipos de violência. A caminhada tem início às 9h, da Praça de Boa
Viagem, e tem o Posto 7 como destino.
Dois trios elétricos
irão acompanhar o percurso, com muita música e informação sobre o movimento.
Eles serão comandados pelos artistas Almir Rouche, Bárbara Ayres, o sanfoneiro
Ângelo Gabriel, Kelly Rosa e Cirlene Menezes. A organização pede que todos se
vistam com o tom laranja, cor escolhida pela Organização das Nações Unidas
(ONU) para criar uma visão simbólica de um mundo brilhante e positivo, o ideal
de um mundo livre da violência contra mulheres e meninas.
Segundo a ONU, uma em
cada três mulheres em todo o mundo já sofreu violência sexual ou física ao logo
da vida. Em Pernambuco, em média, 110 mulheres sofrem violência por dia. São
cinco casos registrados a cada hora no estado, como mostra levantamento da
Secretaria de Defesa Social (SDS) presente no dossiê "Violência contra as
mulheres em Pernambuco".
No mesmo estudo, observa-se que uma mulher foi assassinada a cada quatro dias e
meio somente no primeiro semestre deste ano.
À frente do Comitê de
Combate à Violência à Mulher, do Grupo Mulheres do Brasil em Pernambuco,
Claudia Molinna enfatiza que é preciso a participação de todos nessa luta,
"É que é não apenas de mulheres, mas de toda sociedade". Ela ressalta que não basta dizer que é contra a violência: "A
gente precisa ter um posicionamento firme nesse assunto, entender do que se
trata e da importância de falar sobre isso o tempo todo".
Fonte: Diário de
Pernambuco
Foto: Imagem de
Divulgação
Repórter: Jota Santos
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